Na cena musical underground de Londres, explode uma ampla mistura cultural: o som original da Saravah Soul. A banda, metade brasileira, metade britânica, é sucesso nas rádios européias, notícia nas principais revistas de blues e jazz do velho continente e em sites especializados. Tamanha repercussão deve-se à saborosa mistura de ritmos das antigas, que originou a base do novo gênero afro-brasileiro de funk. Encabeçada pelo cantor curitibano Otto Nascarella, a intensidade dos shows gerou uma ótima reputação para a banda, que vem conquistando cada vez mais fãs.
1. Janaina
2. Funk De Umbigada
3. Cachorro De Igrejinha
4. Mussum
5. Milk And Mangoes
6. Alforria (Album Version)
7. Dá Ne Mim
8. Fire
9. Mestiço
10. Se Da Dó
11. Seu Problema
12. The Truth Is Hard To Come By
Bobby Womack e JJ. Johnson assinam a trilha sonora do ótimo blaxploitation Across 110th Street que conta a história de Frank Lucas, o então Poderoso Chefão do tráfico de heroína em NY. Ao contrário dos antológicos Superfly e Coffy, a película passou despercebida pelo grande público e deixou como legado para os diggas essa ótima trilha sonora cheia de soul, R&B, funk e até algum rock & roll.
01. Across 110th Street 02. Harlem Clavinette (Instrumental) 03. If You Don’t Want My Love (Give It Back) 04. Hang On In There (Instrumental) 05. Quicksand 06. Harlem Love Theme (Instrumental) 07. Across 110th Street (Instrumental) 08. Do It Right 09. Hang On In There 10. If You Don’t Want My Love (Instrumental) 11. Across 110th Street Part II
Esse som quem descobriu foi o DJ Thiagão esta semana. Quando ouvi Jorge da Capadócia em versão afrobeat, não tive dúvidas, este era o disco da semana. Eu já conhecia o Ikonoklasta rapper do Conjunto Ngonguenha de Angola, mas este novo trabalho é bem legal, ainda mais que é o primeiro disco de afrobeat português. Release da banda: Lisboa sempre foi um palco do encontro de várias culturas, em grande parte devido ao seu passado como capital de um império colonial em África e na América Latina.
Hoje em dia é um caldeirão de criatividade que atrai artistas de todo o Mundo e é um espaço privilegiado onde músicos se encontram, partilham ideias e misturam ritmos. É desta mistura que, em 2005, nasce o colectivo afrobeat Cacique..97.
Com músicos de origem moçambicana e portuguesa, este colectivo engloba elementos de grupos como os Cool Hipnoise, Philharmonic Weed e The Most Wanted, projectos bem conhecidos nas áreas do funk, reggae e do som afro.
A paixão pela música de Fela Kuti e Tony Allen uniu estes músicos para a concretização de um objectivo comum: criar um colectivo que espelhasse a mestiçagem lisboeta, através do cruzamento do ritmo caracteristicamente nigeriano que é o afrobeat, com a tradição musical dos países lusófonos, sempre tão presente na capital portuguesa.
Os Cacique`97 pretendem dar origem a uma banda sonora global dos novos tempos sem perder o lado reivindicativo e de promoção da consciência social característica do afrobeat.
Como o amigo Cubanito, vocal da Black Sonora, René Ferrer representa a nova geração de músicos de Cuba. René leva consigo a responsabilidade de pertencer à família do aclamado músico Ibrahim Ferrer (Buena Vista Social Club). Sobrinho de Ibrahim Ferrer, René chega em BH a convite da Black Sonora para participação especial no show do projeto Oi Novo Som.
René estreou nos palcos em 2001, no festival da Habana Hip-Hop. Já em 2003 foi convidado para participar do festival Agosto Negro, em São Paulo. No mesmo ano, René lançou o primeiro disco, El Loco Soy Yono, pela gravadora Sambatá e distribuído pela Trama. Em 2004, René lançou o álbum nos Estados Unidos pela Universal Music. Em 2005, de volta a Cuba, René gravou o clipe “Problema”, indicado ao Prêmio Lucas nas categorias “melhor artista masculino”, “melhor vídeo de rap” e “melhor fotografia”.
Em 2006, René Ferrer gravou, no Rio de Janeiro, o segundo CD, Obatalá No Quiere Guerra, O disco leva a assinatura da gravadora Cambucá. Em 2008, René participou do Festival holandês BLIJBURG. René integra a caletânea PUTOMAYO Café Cubano. Ano passado, René Ferrer ganhou 5 prêmios Lucas com o video Rincones.
01. Obatalá No Quiere Guerra 02. Como A Cada Mañana 03. Ave Maria 04. Branca 05. Nación Perdida 06. Habana 1800 07. Ochun 08. Rio 09. Música Eh! 10. Apocalipisis 11. Rincones 12. Tempestad
Mulatu Astatke é um compositor nascido na Etiópia, em 1943, considerado o pai do Ethio-jazz. Musicalmente talhado em sua juventude na Inglaterra e nos EUA, onde aprendeu a tocar piano, percussão e clarinete, seu retorno à sua terra natal no final da [década de 1960] o leva a uma carreira sólida. Sua música é única, pontuada por cool jazz, salsa, funk e uma sonoridade que remete a toques árabes e indianos.
Parece que o Mulatu empolgou, ano passado fez shows antológicos tocando com o excelente grupo de funk jazz inglês The Heliocentricsele que resultou no ótimo disco Inspiration Information, agora o gênio do groove etíope está de volta num trabalho mais voltado para o jazz tradicional.
01. Radcliffe 02. Green Africa 03. The Way to Nice 04. Assosa 05. I Faram Gami I Faram 06. Mulatu's Mood 07. Ethio Blues 08. Boogaloo 09. Motherland 10. Derashe
Este post é em homenagem a Arnaud Rodrigues, que faleceu na terça de carnaval, 16 de fevereiro, vítima de um acidente com um barco, que naufragou no Lago da Usina de Lajeado, no estado do Tocantins.
Arnaud Rodrigues nasceu em Serra Talhada (PE). Além de humorista, teve destaque também como ator, cantor e compositor. Rodrigues foi um parceiro importante de Chico Anysio na TV Globo e também atuou em vários outros programas humorísticos.
Na década de 70 formou com Chico e o instrumentista Renato Piau o grupo musical Baiano & os Novos Caetanos, no qual interpretava o cantor Paulinho Cabeça de Profeta. A iniciativa rendeu três discos de estúdio, alavancando também a carreira de músico de Arnaud, que acabaria lançando mais alguns álbuns solo.
E é um destes albuns solos que posto aqui. O Som do Paulinho, um disco com uma temática mais séria que o som em parceria com Chico Anysio, neste ele revela influências que vão do samba ao funk e do baião ao rock.
01. Som do Paulinho 02. Rock de Minas Gerais 03. O Dia que o Diabo Roubou o Bar do Português 04. Em Cima Daquele Morro 05. Sete de Setenta e Oito 06. Índio do Uruguai 07. Teté Das Lendas Rurais 08. Mercado São José 09. Negro Pescador 10. Gaivota Humana
Dub Specialist é um dos vários codinomes de Sir. Clement “COXSONE DODD” produtor e fundador da lendária gravadora Studio One, considerada a Montown da Jamaica, foi responsável por lançar vários nomes consagrados da música jamaicana como The Skatalites, Bob Marley and the Wailers, Lee "Scratch" Perry, Burning Spear, Toots & the Maytals, Horace Andy, Dennis Brown, Jackie Mittoo, Gladiators, The Abyssinians, Alton Ellis entre outros, a lista é extensa. Muito do que o Reggae é hoje deve-se à figura desse cabra. Suas inovações foram fundamentais para a criação e evolução da música jamaicana.
A História de Coxsone Dodd começa na Jamaica, mais precisamente em Kingston, onde ele nasceu em 1932. Na adolescência foi para os Estados Unidos trabalhar como cortador de cana, onde aperfeiçoou seu gosto pelo R&B, ritmo que bombava nos EUA na década de 40. Dodd ficou apaixonado pelo "Groove" da música, que tinha uma forte influência do Jazz e do Blues. Com o dinheiro que ganhou no corte da cana, comprou alguns vinis 7’’. Voltando à Jamaica, começou a discotecar no bar de seu pai, porém, nem todos podiam pagar para assistir as apresentações. Surgiu então a idéia de levar o sistema de som para a rua e tocar de graça para que todos pudessem dançar e se divertir. Assim começou a história do que conhecemos por Sound System na Jamaica, forma de entretenimento mais popular da ilha, e que foi a grande responsável pela educação musical dos Jamaicanos.
1. Queen Of The Rub 2. Mo Jo Papa 3. Message From A Dub 4. Follow This Dub 5. Idle Burg 6. Musical Science 7. Hanging On The Wall 8. Love Land 9. This Race 10. Darker Block 11. Dub Creation 12. Life
Este é um disco de Dub em sua forma mais pura e simples. Apenas o entra e sai do baixo, guitarra e bateria, poucos efeitos, um som bem cru. As bases são de clássicos da Studio One, o que é sinônimo de qualidade garantida, tanto para quem gosta mais de Roots ou Early.
Esta semana fui na casa do black broder DJ Roger Dee para dar uma força com o seu trabalho pelas redes sociais, eis que no final da missão dei uma fuçada em suas bolachas, nem preciso dizer que tem várias pedradas, mas esta aí não deixei escapar. Valeu cabra... discão mesmo.
Sly & the Family Stone foi uma importante e influente banda norte-americana de soul e rock formada em São Francisco, Califórnia. Ativo de 1967 a 1975, o grupo teve um papel primordial no desenvolvimento da músical soul, do funk e do psicodelismo. Liderada pelo cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentista Sylvester "Sly Stone" Stewart e formado por vários membros de sua família e amigos, o grupo foi também importante por ter sido a primeira banda norte-americana a ter uma formação multicultural, dando a negros, brancos, homens e mulheres papéis importantes na sua instrumentação. O grupo participou do antológico Festival de Woodstock, em 1969.
01-small talk 02-say you will 03-mother beautiful 04-time for livin 05-cant strain my brain 06-loose booty 07-holdin on 08-wishful thinkin 09-better thee than me 10-living while im livin 11-this is love
War é uma banda funk americano da Califórnia, conhecido pelo hit songs “Low Rider”, “Spill the Wine” e “Why Can’t We Be Friends?”. Formado em 1969, War foi uma das formações mais envolventes e suntuosas do vasto cenário musical dos anos 70, principalmente aquele composto por super grupos que nasceram nas raízes do blues, funk, soul, música latina e jazz.
O War jogou todos esses elementos dentro do liquidificador e apresentou ao público uma incrível proposta musical, politizada inclusive, em seus primórdios via parceria com Eric Burdon, ex-Animals.
Mesmo com sua saída a banda seguiu em frente com ótimos trabalhos, dessa vez com acento mais funk do que nunca, sem deixar de lado os elementos originais de sua música, capitaneados pelo tecladista e vocalista Lonnie Jordan. The World Is A Ghetto (1972) é seu terceiro trabalho e um dos mais importantes do estilo, item fundamental em qualquer coleção.
War - The World Is A Ghetto [1972] 1. The Cisco Kid 2. Where Was You At 3. City, Country, City 4. Four Cornered Room 5. The World Is A Ghetto 6. Beetles In The Bog
Ophir Kutiel, mais conhecido como Kutiman é o novo multinstrumentista do momento.
Ele é mais conhecido pela criação do projeto de vídeo on-line de música ThruYOU, bem como o seu auto-intitulado álbum e colaboração com muitos outros artistas israelenses, incluindo Hadag Nahash.
Cada dia que passa curto mais o trampo deste israelense, comprei o disco a pouco tempo e está no prato da minha vitrola todos os dias.
1- Bango Fields
2- No Reason For You
3- Take a Minute
4- No Groove Where I Come From
5- Losing It
6- Skit
7- I Just Wanna Make Love To You
8- Chaser
9- Once You're Near Me
10- Escape Route
11- Trumpet Woman
12- Music is Ruling My World
13- And Out.
Segue ai um vídeo do seu projeto thruYou, onde pegou vários vídeos do Youtube, jogou no liquidificador e tranformou em música de primeiríssima. Os vídeos são aleatórios, ele usou sem pedir licença, e sugere que você dê uma olhada nos créditos para ver se você não aparece sem querer em algum deles.
Depois confira a entrevista que o site O Esquema fez com o Kutiman.
No mais... aquele abrAÇO e "vamo que vamo que o som não pode parar..."
Os Originais do Samba é um grupo de samba formado na Década de 1960 no Rio de Janeiro por ritmistas de escolas de samba.
O grupo começou a se apresentar em teatros e show, incluindo o palco do Copacabana Palace, onde realizou o espetáculo "O Teu Cabelo Não Nega".
Fixaram-se em São Paulo depois de excursionar pelo México, e em 1968 acompanharam Elis Regina na música vencedora da I Bienal do Samba, Lapinha, de Baden Powell e P.C. Pinheiro. No ano seguinte gravaram a música "Cadê Teresa", de Jorge Ben, que fez grande sucesso. Participaram de festivais e ganharam discos de ouro pela vendas de suas gravações, principalmente nos anos 1970, combinando o canto uníssono, a roupa padronizada e boa dose de humor.
Um dos integrantes do grupo, Mussum, sairia para formar Os Trapalhões ao lado de Renato Aragão, Mauro Gonçalves e Dedé Santana.
Tocaram com grandes nomes da música brasileira, como Alex Luiz, Armando Geraldo, Jair Rodrigues, Vinicius de Moraes e mundial, como Earl Grant.
Excursionaram pela Europa e Estados Unidos, e foram o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Olympia de Paris.
Alguns de seus maiores sucessos são Tá Chegando Fevereiro (Jorge Ben/ João Melo), Do Lado Direito da Rua Direita (Luiz Carlos/ Chiquinho), A Dona do Primeiro Andar, O Aniversário do Tarzan, Esperanças Perdidas (Adeilton Alves/ Délcio Carvalho), E Lá se Vão Meus Anéis (Eduardo Gudin/ P.C. Pinheiro), Tragédia no Fundo do Mar (Assassinato do Camarão) (Zeré/ Ibrahim), Se Papai Gira (Jorge Ben), Nego Véio Quando Morre.
01 - Do Lado Direito da Rua Direita 02 - Catimba Criolo 03 - Ciranda Cirandeia (Recife Em Dia de Festa) 04 - Esperanças Perdidas 05 - Cravos e Rosas 06 - As Três Capitais 07 - A Volta do Ponteiro 08 - Eu Vou Pagar Pra Ver 09 - Tchuna Macurucaiao 10 - Boi Bumbá 11 - Tereza com Jorge Ben 12 - E Lá Se Vão Meus Anéis 13 - Lá Vem Salgueiro
Ainda em clima de Brasilintime, vou postar um trabalho que eu tenho curtido muito.
Jackson Conti, projeto do produtor Madlib em parceria com Mamão, baterista do grupo Azymuth. O nome vem da junção do sobrenome dos dois artistas: Otis Jackson Jr (Madlib) e Ivan Conti (mamão). O resultado final é uma sonoridade com muitas referências, derivado da mistura de jazz/ funk com música brasileira e recheado pelo talento dos dois músicos em uma moderna concepção, que vale a pena ser conferida.
Muitas das músicas do disco, são clássicos brasileiros: "Berimbau", "Casa Forte" e "Upa Neguinho", que se misturam em um repertório cheio de surpresas como em: "Papaya" e "Brazilian Sugar", com arranjos onde a percussão de Ivan se encontra com as batidas e efeitos de Madlib, sempre com o apoio de intrumentos bem colocados, incluindo, piano, flauta, sax e violão.
1. Mamãoism
2. Barumba
3. Anna De Amsterdam Interlude
4. Praça Da República
5. Papaya
6. Brazilian Sugar
7. São Paulo Nights
8. Xibaba
9. Upa Neguinho
10. Casa Forte
11. Amazon Scroll
12. Berimbau
13. Anna De Amsterdam Reprise
14. Waiting On The Corner
15. Tijuca Man
16. Não Tem Nada Não
17. Sunset At Sujinho
18. Segura Esta Onda
Nascida e criada em uma favela do Rio de Janeiro, Elza participou de um show de calouros apresentado pelo renomado músico brasileiro Ary Barroso, e recebeu as maiores notas. No fim da década de 1950, Elza Soares fez uma turnê de um ano pela Argentina, juntamente com Mercedes Batista. Tornou-se popular com sua primeira música "Se Acaso Você Chegasse", na qual introduziu o scat a la Louis Armstrong, adicionando um pouco de jazz ao samba. Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em teatros e casas noturnas. A voz rouca e vibrante tornou-se sua marca registrada. Após terminar seu segundo LP, A Bossa Negra, Elza foi ao Chile representando o Brasil na Copa do Mundo da FIFA de 1962. Seu estilo "levado" e exagerado fascinou o público no Brasil e no exterior.
Nos anos 70, Elza entrou em turnê pelos Estados Unidos e Europa. Sua carreira remonta mais de 40 anos. Em 2000, foi premiada como "Melhor Cantora do Universo" pela BBC em Londres, quando se apresentou num concerto com Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. No mesmo ano, estreou uma série de shows de vanguarda, dirigidos por José Miguel Wisnik, no Rio de Janeiro.
Foi casada com Garrincha, com quem teve um filho, morto aos 6 anos num acidente de carro, em que ela dirigia, na Lagoa, um bairro rico da cidade do Rio de Janeiro. Depois disso revelou que nunca mais quis ter filhos e separou-se de Garrincha. O acidente ocorreu há mais de 30 anos.
Elza Soares teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil ao longo de sua carreira; alguns dos maiores sucessos incluem: "Se Acaso Você Chegasse" (1960), "Boato" (1961), "Cadeira Vazia" (1961), "Só Danço Samba" (1963), "Mulata Assanhada" (1965) e "Aquarela Brasileira" (1974).
1.Bom Dia Portela 2.Pranto Livre 3.Não É Hora de Tristeza 4.Meia-noite Já É Dia 5.Desabafo 6.Partido do Lê Lê Lê 7.Deusa do Rio Niger 8.Quem Há de Dizer 9.Louvei Maria 10.Xamêgo de Crioula 11.Falso Papel 12.Giringonça
Mais um disco encontrado na poeira do Feirão do Disco em Fortaleza, durante a passagem do Black Sonora pela Feira da Música.
Este é primeiro álbum da Elza pelo minúsculo selo Tapecar, após a rescisão do seu contrato com a Odeon, sua gravadora desde o início, em que ela pode gravar 17 discos entre os anos 60 e parte da década de 70. Os músicos neste disco não foram creditados pela Tapecar, com exceção de Ed Lincoln, oferecendo modalidades de samba realmente impressionante durante todo o trabalho.
Fique com o vídeo com a Elza cantando "Bom Dia, Portela" no Globo de Ouro em janeiro de 1975.
No mais... aquele abrAÇO e "vamo que vamo que o som não pode parar..."
Esta semana vou postar o disco do DJ Deivid, já bem conhecido da cena hip hop e Black mineira, que no dia 24/07 esquentou a pista do BLACK BRODER com seus "petardos" de peso, bem selecionados, mixes precisos e ainda contou com a participação dos MCs Vuks e Simpson.
Set gravado ao vivo, num domingo de ressaca. Sem tricks. Tem tudo, soul, funk, hip hop e dub.
Abaixo as tracks da mix:
Erikah Badu – Honey
Zap Mama – Miss.Q.In
Mark Ronson feat. Lilly Allen – Oh my God
Love Unlimited Orchestra – Strange Games and Things
Yara Bravo – Chillin’
Eric Clapton – Get Ready
Bernal Boogie – Phone Tap
Palov & Mishkin – Et de Clarinet
Jamie Lidell – Figure me Out
The Dynamics – Brothers on the slide
Kinny feat. TM Juke – Petrified Dazed
Betty Wright – Clean Up Woman
Dj Vadim – Back is the Night
Hydroponic Sound System – Hydro soundclash
Fred Wesley – Fourplay
Helen Reddy – Hit the Road Jack
Hocus Pocus – Mr tout le Monde
Billie Holiday – Trav’lin’ all Alone (Nickodemos e Zeb Remix)
Sarah Vaughan – Lover man (Jazzelicious remix)
Q-tip – Moving with you
Dwaine Rock – Funky mama
Al Green – love and Happiness
Mayer Hawthorne – Just ain’t gonna work out
Noriel Vilela fez carreira como integrante do grupo vocal de samba Cantores de Ébano, que teve relativo sucesso nos anos 1950. Vilela também lançou o álbum-solo Eis o Ôme em 1968. Por essa época, Vilela morreu repentinamente e o Cantores de Ébano se desfez por algum tempo, até que se encontrasse um substituto à altura para o cantor.
A voz do cantor é um baixo profundo com uma dicção única no samba. Seu segundo álbum Eis o Ôme é uma sucessão de faixas de sambalanço com forte tempero afro, não apenas na sonoridade, como também na temática, voltada para a umbanda.
Um dos grandes sucessos de Vilela foi a canção "Dezesseis Toneladas", uma versão para o português de um clássico norte-americano do pop-country-folk dos anos 1940, "Sixteen Tons", de Ernie Ford e Merle Travis. A banda paulista Funk Como Le Gusta regravou a versão de Vilela, tentando até mesmo reproduzir sua voz grave, no álbum Roda de Funk.
Miguel de Deus foi um dos músicos mais versáteis dos anos 70, e ao mesmo tempo menos conhecido do grande público. Miguel nasceu em Ilhéus, na Bahia. Já morando no Rio de Janeiro em meados de 1969, formou a banda “Os Brazões” que explorava as influências africanas na música e na maneira de vestir e dançar. A banda fazia uma mistura de rock e psicodelia com elementos da música brasileira e africana e chegou a acompanhar Gal Costa em uma de suas turnês no final dos anos 60. Em 1974, Miguel de Deus criou a banda “Assim Assado”, muito bem “inspirado” no grupo Secos e Molhados.
Em 1977, Miguel de Deus criou talvez o LP mais obscuro da black music setentista brasileira, o disco: “Black Soul Brothers”. Convidado pela gravadora Copacabana para registrá-lo, o disco é exercício glorioso do movimento black brasileiro. Ilustrado por um poderoso cabelo black power na capa, Miguel registrava naquele momento a sua verdadeira faceta, essa que esteve presente sempre em todas as fases musicais que desfrutou. Envolto no mais puro clima de festa, Miguel de Deus gravou Black Soul Brother exatamente como quem fazia parte da música pela festa, e não o contrário.
Tudo soa magicamente solto e avesso a qualquer amarra caricatural ou poses: não é o vocal principal o maior primor técnico do disco, mas a espontaneidade com o qual solta e exterioriza bordões e pregações em nome do black e do soul. Assim ocorre com “Cinco Anos”, e até em uma nova versão de “Pedaços”, a mesma presente no disco da banda Assim Assado. Miguel não teve medo de transformar o maroto samba rock em funk rasgante, com espontâneos vocais e aquele climão.
1. Cinco Anos 2. Pedacos 3. Mister Funk 4. Flaca Louca 5. Black Soul Brothers 6. Lua Cheia 7. Pode Se Queimar 8. Fabrica De Papeis Baixe aqui.
Esse LP tornou-se item de colecionador e seu valor no mercado de usados sobe a cada ano. A maioria dos exemplares remanescentes já foram levados para fora do país por japoneses ou europeus que literalmente piram com o som e soul de Miguel de Deus.
No mais... aquele abrAÇO e “vamo que vamo que o som não pode parar...”
Apresento a vocês JULGAMENTO, em atividade desde o final dos anos 90 é um dos principais expoentes da cena musical belo horizontina, traz um discurso direto e livre de apelações aborda temas relacionados à valorização humana mesclando beats eletrônicos, rimas, scratchs e elementos orgânicos resultando em um verdadeiro petardo sonoro. "Ritmo e poesia em sua mais pura expressão".
O primeiro disco "No Foco do CAOS", gravado e produzido no estúdio Giffoni, e masterizado por Fabrício Galvanni e conta ainda com as participações de velhos parceiros como Clodô D' Lui, Nathy Faria, Dokttor Bhu, Muck(S.O.S. periferia), Kiko Ianni, Ragna entre outros.
O Julgamento é formado por: Roger Deff, Ricardo HD e Voz Khumalo (vocais), Helton Rezende (guitarra), Gusmão (bateria) e os DJ's Tobias e Giffoni (toca-discos).
Para baixar o disco clique aqui. " ...demonstra referências calcadas em diferentes meios e estilos para a construção de suas músicas, pautado pelo discurso politizado, pelo barulho arquitetado, pela verdade urgente, pela necessidade de comunicar seu julgamento, sua opinião para outras pessoas. Isso de uma maneira que não parece chata nem apenas uma reclamação jogada ao vento" - Lafaiete Júnior - site do Programa Alto Falante.
“Os mineiros fazem um som diferente, dançante, sem apelos comerciais e com uma qualidade que vale a pena até o mais avesso ao estilo escutar” Rafael Campos – site Odisco
No mais... aquele abrAÇO e "vamo que vamo que o som não pode parar..."