Salve Povo do BEN!
Numa relax, numa tranquila, numa boa???
Ontem tava lá em casa de bobeira pensando num disco para postar hoje aqui, quando meu "TiJão" comenta sobre o disco Nightingale do Gilberto Gil gravado nas gringas, eu nunca tinha ouvido falar, até rolou a boa e velha teimosia escorpiniana e fomos conferir no site do Gil, vish... num é que o disco existe mesmo e tem uma versão maravilhosa de "Ella", que acabei descobrindo de onde o ele tirou a melodia de "Pela Internet".
Gilberto Gil - Nightingale [1979]
1- Sarará miolo
2- Goodbye, my girl
3- Ella
4- Here and now
5- Balafon
6- Alapala (The myth of Shango)
7- Maracatu atômico
8- Move along with me
9- Nightingale
10- Samba de Los Angeles
Baixe o disco aqui.
Encarte da "Caixa Palco"
Marcelo Fróes
Quando Gilberto Gil assinou seu contrato com a Warner no início de 1978, a multinacional já tinha planos para seu grande contratado. "Sérgio Mendes queria reeditar aquilo que ele tinha feito com ele próprio e com sua banda, com um artista brasileiro que chegava com novas abordagens, com um talento diferenciado e com um potencial para algo internacional", comenta Gil a respeito de Nightingale, seu primeiro disco feito especialmente para o mercado internacional. O brasileiro Sérgio Mendes, que morava nos Estados Unidos há mais de 15 anos e fazia enorme sucesso com seu grupo Brasil 77, tinha vontade de que acontecesse com Gil o que acontecera com Jorge Ben, que desde os anos 60 havia conquistado espaço na cena internacional.
"A Warner estava com esta visão de que alguns brasileiros têm potencial para o mercado estrangeiro", lembra Gil. "Eu fui sem me submeter muito a essa lógica, mas achando que os músicos de lá poderiam me acrescentar algo". Gil achou interessante esta aproximação com nomes como Abraham "Abe" Laboriel, Michael Sembello e Lee Ritenour, com quem gravou muitas bases ao vivo no estúdio.
Gil foi para Los Angeles com a família e também com o baixista Rubens Sabino, o "Rubão", segundo Gil um agregado à família naquela ocasião. Rubão toca apenas em Goodbye, My Girl, mas acompanhou Gil em toda a produção e também foi com ele para a Suíça em julho. "Gilberto Gil ao Vivo", álbum duplo registrado naquela histórica edição do Festival de Montreux, saiu no Brasil enquanto em Los Angeles preparava sua estréia na Warner com um disco internacional.
"Compus algumas coisas e verti algumas outras do "Refazenda" e do "Refavela" para o inglês", explica Gil acerca do repertório, que teve em Sarará Miolo – primeiramente gravada no Brasil com Nara Leão, para o disco de duetos da cantora de 1977 – uma forte música de trabalho na Europa. Here And Now tocou alguma coisa nos Estados Unidos, graças ao single promocional distribuído pela Elektra. "O álbum podia sair em todos os países do mundo, menos no Brasil, e acabou sendo meu primeiro disco a ser lançado no Japão", lembra Gil, que admite que não tinha esperanças de que fizesse sucesso na América. "O interessante neste projeto foi que eu fiz minha primeira turnê americana, numa college tour de verdade". Esta turnê pelo circuito universitário americano deu-se entre março e maio de 1979, quando o disco já estava nas lojas há algumas semanas. "Eu já sabia que não aconteceria nada com o disco, afinal ele não continha nenhum hit que pudesse interessar ao mercado americano", comenta. Até então, os discos de Gil pela Philips só haviam saído na América do Sul – à exceção, naturalmente, do álbum inglês pela Famous Music de 1971, que saiu na Inglaterra e também nos Estados Unidos.
O repertório de Nightingale teve também duas músicas inéditas, feitas especialmente para o disco em Los Angeles. A primeira é Move Along With Me, em inglês, enquanto que a outra é o Samba de Los Angeles, em português mesmo. Esta última Gil tentaria regravar para o álbum "Um Banda Um", em 1982, mas acabaria desistindo – o que garante sua raridade para este primeiro lançamento do lendário disco no Brasil, depois de quase 25 anos de sua realização.
Junho, 2002
No mais... aquele abrACO e "vamo sacudir bonito, oie sacode..."
Yuga
#447: Father John Misty, “Mahashmashana”
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