Disco da Semana | Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia - Beleléu, Leléu, eu [1980]

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa???


Dando um rolê pelo Centro Cultural Martim Cererê, onde aconteceu o 8º Festival Vaca Amarela em Goiânia, me deparei com esta banca de Vinis, ai os dedos coça, né? Nem sujei as pontas dos dedos nestas caixas, os discos super conservados, com plástico novo, bem cuidados, acabei encontrando o Beleléu do Itamar Assumpção, este disco nem é raro, mas a versão de Nego Dito é muito foda, sem contar que é o primeiro trampo dele.



Francisco José Itamar de Assumpção (Tietê, 13 de setembro de 1949 — São Paulo, 12 de junho de 2003) foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro, que se destacou na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.

Fez parte da chamada Vanguarda Paulista, ao lado de Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê (Premeditando o Breque) e outros. Sua obra era tida como difícil por muitos críticos, o que lhe valeu a alcunha de "artista maldito", a qual detestava. "Eu sou artista popular!", bradava indignado.

Experimentou a mistura dos sons do rock com o samba e o funk, criando uma linguagem urbana, trazendo ainda na bagagem sua experiência como ogã no terreiro de Candomblé de seu pai. Itamar compunha apoiado na linha do contrabaixo componho para o contrabaixo. Não é harmonia, acorde, são só notas, e foi diretamente responsável pela aproximação de Alice Ruiz à Vanguarda Paulista, quando mostrou ao público os sons dos versos da poeta.

Foi o mais assíduo parceiro de Alice Ruiz, Alzira Espíndola e Ná Ozzetti e também parceiro de Tetê Espíndola, até a data de sua morte, em 2003. Poeta e músico genial, viveu à margem da mídia, recusando-se inclusive a editar suas músicas e a entrar no que chamava de sistema. Negro, foi parar na cadeia com 23 anos de idade, quando esperava um ônibus na Rodoviária de Londrina com sua mala e um toca-fitas. Passou cinco dias preso e incomunicável, num cubículo com mais uns quinze caras lá dentro, todos de cócoras porque não havia espaço para deitar. Itamar afirmou que não usou essa experiência em música, no entanto é interessante notar que a primeira banda que formou chamava-se Isca de Polícia, e até hoje, é difícil alguém pensar em Itamar Assumpção sem chamar pelo Nego Dito.



Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia - Beleléu, Leléu, eu [1980]


01-Vinheta
02-Luzia
03-Fon fin fan fin fun
04-Fico louco
05-Aranha
06-Se eu fiz tudo
07-Vinheta
08-Vinheta
09-Baby
10-Embalos
11-Nega música
12-Beijo na boca
13-Nego Dito

Baixe o disco aqui.

“Beleléu, Leléu, eu” foi a primeiro álbum de reconhecimento de Itamar, lançado em conjunto com a Banda Isca de Polícia. Neste ele interpreta crises e fases “Benedito João de Santos Silva Beleléu, vulgo Nego Dito”(letra de “Nego Dito”) um paulista comum, que só se interessa por futebol e briga com sua mulher, Luzia.

O interessante desse álbum é que toda a faixa tem sua originalidade explícita, tanto num vocal sempre supremo, quanto numa banda pra lá de apropriada para todas as ocasiões, quanto nas letras provocativas e fases musicais. Encontram-se vocais femininos muito bacanas, mas incomparáveis a Itamar.

Fica ai com um show gravado em 1983.


No mais... aquele abrAÇO e "vamo que vamo que o som não pode parar..."

Yuga

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