#MusicaMinas | Tambolelê

Salve Povo do BEN!

Numa relax, numa tranquila, numa boa?!?!?

A inspiração vem da cultura afro-mineira; a sonoridade, da poesia sagrada e contemporânea dos tambores. Assim, o Grupo Tambolelê, formado por Santonne Lobato, Geovane Sassá e Sérgio Pererê, percorre o Brasil e vem conquistando espaço em outros países, com apresentações que remetem à herança negra das nossas raízes culturais. Com ritmos fortes e vibrantes, que vão do Moçambique ao Congo, passando pelo Boi de Reis, Zé Pereira, Cacuriá, Batuque, Lundu, Serra Abaixo e Congo Quebrado, a arte da música mineira é levada aos quatro cantos do mundo.

Tendo como foco central a emoção, o Tambolelê sempre leva ao palco, além de muito entusiasmo, a magia dos elementos das congadas e uma mistura de ritmos ancestrais com pitadas de sons contemporâneos, como blues, rock'n roll, funk e black music.

Nos shows, os tambores e as vozes do trio recebem a companhia dos violões  de Gilvan Oliveira, do baixo de Luizinho Horta e do trompete de Tino Dias. O que se ouve é um som novo, que passeia com competência entre claras inspirações de raízes, do pop e, ao mesmo tempo, da música erudita. Paixão, cores e cheiros fazem parte de um show em que o público pode curtir uma boa música, dançar ao som dos batuques, apreciar um espetáculo cênico-musical e se conectar com o universo da cultura afro-mineira.


Nas apresentações, o trio conta com diversos tipos de instrumentos, como caixa de folia e de bateria; pandeiro; bumbo; tacos; atabaque, pandeirão e os inusitados djembés; bombona; tama; balafon; patangome; xequerê; caxixi; kalimba e cowbels. E para o Tambolelê vale tudo, até improvisar com panelas e bandeja de inox; xícaras de café; pilão de madeira; pratos e garfos; cilindros de ferro; moringa; jornal picado; latas e até unhas de capivara.

O resultado do esforço pela divulgação da arte musical de Minas Gerais não poderia ser outro: dois CDs de sucesso. O primeiro que levou o nome do grupo, Tambolelê, trouxe as músicas ‘Costura da Vida’ e ‘Ondequé’, que já são bastante conhecidas do público. Já o ‘Kianda’, mescla a sonoridade de raiz africana ao som gostoso da música pós-contemporânea. O terceiro disco, que ainda não tem título, está previsto para ser lançado este ano, com mais riqueza no quesito musicalidade. Sax, trombone, sanfona, rabeca, unidos a um repertório que inclui canções inéditas e novas releituras de músicas já gravadas, formam o universo mágico do novo trabalho.

Fusão de elementos diferentes
Formado há 11 anos, em Belo Horizonte, o Tambolelê nasceu da fusão dos trabalhos de Santonne Lobato - construtor de instrumentos de percussão, palestrante e instrutor de oficinas percussionistas -, e Sérgio Pererê - cantor, compositor, ator e produtor de espetáculos musicais. Apadrinhados por Maurício Tizumba, pouco tempo depois, conheceram Sassá, que acrescentou ao grupo elementos cênicos e percussivos inspirados na cultura do Norte de Minas.

A primeira apresentação do Tambolelê foi improvisada para uma platéia de universitários, em uma calourada em que as atrações principais eram bandas de rock’n roll. Sem ensaio ou qualquer preparação, os três amigos subiram ao palco e tocaram uma hora e meia só de percussão. Foi um sucesso absoluto. Nascia, então, um novo jeito de tocar tambor. De lá pra cá, o grupo só tem colhido bons frutos. Sempre valorizando a riqueza dos ritmos afro-mineiros, o Tambolelê criou uma identidade para o tambor que se toca em Minas e busca, a cada dia, mostrar para o mundo a força da cultura musical do Estado. Da Itália à Espanha, passando pela Colômbia e Estados Unidos, diversos países já receberam a arte dos tambores mineiros.

O objetivo é o mesmo: valorizar e difundir os tambores e a cultura afro-mineira. Mas o que mantém a união do trio são as diferenças de personalidade artística. Santonne Lobato, por exemplo, é o responsável pelas questões práticas, pelo que é palpável. Ele é quem constrói os instrumentos e se dedica à base concreta do grupo. Já Sérgio Pererê traz ao grupo o lado poético, a sonoridade, a magia da música e dos ritmos. Sassá, por sua vez, contribui com os elementos teatrais e circenses. Ele é a figura que representa a imagem do grupo. Como um grande ator, simboliza o lúdico.

Em cima do palco, tocando, Sérgio, Santonne e Geovanne se fundem na magia dos tambores. Gritam, choram, brincam, dançam, representam, experimentam. São livres. Descobrem que o artista é um ser ativo dentro de sua arte. 

No mais... aquele abrAÇO e #espalheapalavra
Yuga

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